“Projeto RONDON, uma grande lição de vida e cidadania”. Uma pequena frase que diz tudo! Chego a pensar: Meu Deus, o quanto somos ingratos! Muitas vezes achamos que nem tudo é como queríamos, reclamando se o almoço não está bom ou se a roupa não é de “marca”! Por isso hoje digo: o que vale é o que somos e não o que temos.
A participação em um projeto social é o melhor remédio pra se cair na real e perceber o quanto somos beneficiados em relação a uma grande parte do nosso Brasil. A participação no Projeto RONDON – Operação Grão-Pará 2008, foi sem dúvida, a melhor coisa que já fiz em toda a minha vida!
É impossível descrever em apenas alguns parágrafos, seria necessário escrever um livro. Foram apenas duas semanas, mas são momentos que ficarão na lembrança para sempre.
Fui destinado à cidade de PORTEL, cidade às margens de um belo rio, localizada no estado do Pará. Eu como universitário, fui com o intuito de levar ensinamento tecnológico às pessoas da comunidade. A vontade do povo de aprender era muito grande, o que ficou a desejar foi a infra-estrutura, não pela falta de equipamentos, pois havia muitos, mas sim porque estavam embalados e que não poderiam serem utilizados. A carência em conhecimentos de computação é muito grande na cidade, tanto que o mini-curso de Informática foi o que atingiu o maior número de inscrições. Consegui passar ao máximo o conhecimento para alguns, mas infelizmente, não pude atendera todos. Trago de lá em meu coração muita coisa boa, mas o que mais marcou foi o sorriso do povo de Portel e todo o povo do estado do Pará! Alguns dizem que o povo é pobre, feio, mas eu diria que são ricos e lindos. É impossível tentar explicar o que é receber um sorriso sincero do qual você percebe que vem do fundo do coração do cidadão. Tudo era tão simples e verdadeiro, o abraço, o aperto demão, tudo é indescritível. Aprendi muito, o trabalho e o convívio em equipe foi de extrema importância.
Tudo me traz saudades, o povo, o Carimbó, o Cupuaçú, o Açaí. A experiência de ter vivido o outro lado do Brasil, o lado da humildade onde todos são unidos uns pelos outros, digo que senti vontade de ficar e viver ali naquele “outro mundo”, lugar onde todos sabem que existe, mas poucos têm a oportunidade de conhecer! Peço a Deus todos os dias para que olhe para essas pessoas, peço também para que um dia eu possa voltar novamente e levar mais uma vez um pouco do que sei a todos, principalmente aos que não pude atender.
Agradeço primeiramente a Deus pela oportunidade, ao Ministério da Defesa pelo incentivo, ao povo de Portel pelo aconchego, a equipe da UPFA que apesar de alguns problemas foram firmes e em momento algum nos separamos e principalmente os professores e alunos do CEFET – Bambuí, meus eternos amigos que estiveram comigo neste grande momento de Rondonista.
Uma vez Rondonista, Rondonista para sempre!